Em
um estádio lotado de argentinos em Nizhny Novgorod, os torcedores cantaram
pouco antes de a bola rolar que era hora de dar a mão a Messi e que todos vamos
dar a volta por cima. Não foi dessa vez, porém, que o camisa 10 brilhou na Copa
da Rússia. A derrota por 3 a 0 para a Croácia complicou muito a situação da
Argentina no Mundial.
Messi
continua longe de ser Messi. Em determinados momentos do jogo, parecia apático,
desligado, pensando em outras coisas. Antes de a bola rolar, fez as vezes de
capitão e, um a um, abraçou os dez companheiros. A Aguero, seu parceiro de
ataque e amigo na vida, um beijo. Afago do craque que parece não ter um time.
Jorge
Sampaoli, que planejava um esquema tático não muito da preferência de Messi,
mudou de ideia e povoou o meio de campo. Mesmo assim Messi esteve longe da
área, onde é letal. Na metade do primeiro tempo, o 10 apareceu correndo atrás
do 10 do time adversário, o também baixinho e bom de bola Modric, que joga no
rival do Barcelona, o Real Madrid.
Quando
recebia a bola, evitava o drible. Sem ela, marcava muito; a ponto de ter
cometido duas faltas no primeiro tempo. Messi acostumado a apanhar (e o time
croata fez 12 faltas só na etapa inicial, nenhuma no craque), foi quem bateu.
É
difícil não ver Messi em campo, já que sua chuteira verde limão o destaca de
outros jogadores. Se no Barcelona suas arrancadas em direção ao gol são fatais,
na Argentina ele roda entre uma intermediária a outra, como um jogador qualquer.
De vez em quando levanta a mão, pede a bola, mas não se vê reações parecidas,
por exemplo, com as do outro grande craque dessa geração, o português Cristiano
Ronaldo.
Contra
o Marrocos, um dia antes de Messi jogar, Ronaldo reclamou com seus jogadores pela
marcação estar muito atrás, foi tirar bola de cabeça em escanteio do
adversário, e deu um bico na bola para a arquibancada depois que o árbito deu
falta perigosa ao Marrocos no minuto final.
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