quinta-feira, 26 de julho de 2018

Equatorial Energia compra a Cepisa em lance único Empresa é a mesma que controla a Cemar.

A Equatorial Energia é uma holding que controla a Cemar, no Maranhão, e a Celpa, no Pará, e tem importante participação no capital da Termoelétrica Geranorte. De capital pulverizado, a companhia tem entre seus acionistas a Blackrock, Opportunity e Squadra Investimentos, além de 69,7% de participação de administradoras e minoritários.
O leilão da Cepisa foi tratado pelo governo como primordial para dar uma sinalização positiva para o mercado e acionistas da Eletrobras.

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  • Sobre o fato de uma única empresa se interessar pela Cepisa, o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, disse que "o objetivo do governo era começar" (o processo de venda das distribuidoras). Ele acrescentou ainda que a Equatorial é um grande grupo e bem preparado para atender o Piauí "com energia barata e de boa qualidade", uma vez que já está presente no Nordeste.
    Ministro de Minas e Energia, Moreira
    Franco (Crédito: Luísa Melo/G1)
    Em fevereiro, a assembleia da Eletrobras aprovou a venda das distribuidoras. Decidiu, ainda, assumir R$ 11,2 bilhões em dívidas das empresas. Se as distribuidoras não forem vendidas, a Eletrobras fará a liquidação das empresas, ou seja, encerrará a operação, medida que poderia custar pelo menos R$ 16,6 bilhões à estatal.
  • A proposta
    Ao oferecer um lance com índice de deságio de 119, a Equatorial abriu mão de toda a flexibilização tarifária e ainda pagará uma outorga ao governo para assumir o controle da Cepisa.
    Pelas regras do leilão, seria declarada vencedora a empresa que ofertasse o maior desconto da tarifa de energia (deságio). Por decisão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o deságio mínimo foi fixado em 61,31% do reajuste extraordinário de 8,52% concedido pela Aneel à Cepisa, o que garantia uma redução de, pelo menos, 5,22% na tarifa de energia para os consumidores do estado. 
    Diante das dívidas de R$ 2,4 bilhões da empresa, foi fixado para a licitação um valor simbólico de R$ 50 mil. Como o oferta da Equatorial superou o deságio de 100%, será calculado ainda o valor de uma outorga a ser paga à União.
    Redução da tarifa para consumidores.
    A correção da tarifa deverá ser feita em até 45 dias após a assinatura do contrato. A assinatura acontece em até 90 dias.
    Pelas regras do leilão, seria declarada vencedora a empresa que ofertasse o maior desconto da tarifa de energia (deságio). Por decisão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o deságio mínimo foi fixado em 61,31% do reajuste extraordinário de 8,52% concedido à Cepisa há cerca de 2 ano pela Aneel, o que garantia uma redução de, pelo menos, 5,22% na tarifa de energia para os consumidores do estado.
    Segundo o ministro da Secretaria-geral da Presidência da República, Ronaldo Fonseca, a proposta da Equatorial garantirá ainda ao governo uma arrecadação de mais de R$ 95 milhões.
    Diante das dívidas de R$ 2,4 bilhões da empresa, foi fixado para a licitação um valor simbólico de R$ 50 mil. Como o oferta da Equatorial superou o deságio de 100%, será calculado também um valor de uma outorga a ser paga à União.
    Presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Jr
    durante leilão (Crédito: Luísa Melo/G1)
    O ministro avaliou o leilão como um sucesso e que o fato de haver apenas uma proponente não importa. "O que importa é o que fica para o consumidor", afirmou Ronaldo Fonseca. O governo também manteve a previsão do próximo leilão de distribuidoras para 30 de agosto.
    Possível demissão de funcionários
    O presidente da Eletrobras minimizou as preocupações quanto à possibilidade de demissão dos atuais funcionários da Cepisa pela Equatorial.
    "Regime privado é de meritocracia. Não deve ter medo de perder o emprego quem trabalha e tem uma remuneração adequada", disse a jornalistas.
    "Pode ser que alguma pessoa saia, pode. Mas sairá com programa de demissão voluntária. Na liquidação tem que mandar todos embora. Quem sabe mais da Cepisa é a própria Cepisa, esses caras (da Equatorial) não são doidos (de substituir todo o time da empresa)", completou.
    Presidente da Equatorial Energia, Augusto Miranda, e diretor-geral
    da Aneel, Romeu Rufino (Crédito: Luísa Melo/G1)
    Ele também reforçou a importância da redução de tarifas para os consumidores. "Estão preocupados com os funcionários da companhia. Sao 3 milhões de pessoas no estado (que vão se beneficiar da redução). Tem que priorizar". A Cepisa emprega 3,1 mil trabalhadores.
    Nas contas do presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., o processo de capitalização da Cepisa vai "quase dobrar" os investimentos na companhia.

    Ao oferecer um lance com índice de deságio de 119 pontos, a Equatorial abriu mão de toda a flexibilização tarifária e ainda pagará uma outorga ao governo para assumir o controle da Cepisa. A nova dona da distribuidora também se compromete a fazer um aporte de R$ 720 milhões na empresa.
    Com a privatização, a redução de tarifas para o consumidor será da ordem de 8,5%, segundo a Aneel. O diretor-geral da agência, Romeu Rufino, explicou que a tarifa da Cepisa foi flexibilizada há cerca de 2 anos em 8,52% para corrigir problemas de custos na concessão. Ao arrematá-la, a Equatorial abriu mão desse "reajuste", o que tornará a energia mais barata para os consumidores.

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